quarta-feira, 27 de setembro de 2017

CONTO_ Uma Flor na Beira da Estrada






                              UMA FLOR NA BEIRA DA ESTRADA

Lá estava Cris, andando em uma estrada e não via nada e nem ninguém, sua alma estava chorando, seu olhar triste a passos lentos e sem rumo.
Apesar do frio que doía a pele, havia uma poeira vermelha que muitas vezes o vento soprava e ela subia do chão espalhando pelo ar, e é claro que cobria também seu corpo e seus cabelos.  Não se vendo nada, ao seu redor, Cris continuava andando sem rumo, porém na mesma estrada. Em meio à caminhada, ela mesmo sem querer dá uma olhada em um barranco e avista uma flor, uma flor tão bela, que enche seus olhos de alegria , mesmo sem ela perceber, e naquele momento a tristeza parece ter cansado de seguir aquele coração, e resolve seguir outro rumo.
Cris já com um sorriso no olhar, vai rumo aquela flor com intuito de pega-lá ,mas imagina,o sol esta tão quente que se eu á pegar ela vai murchar em muito pouco tempo. Decide então seguir seu caminho deixando a flor em seu lugar,e a natureza parece agradecer aquela atitude, e uma nuvem cobre o sol, dando um ar de frescor e aliviando até o cansaço de seu corpo, a jovem Cris começa a se lembrar o porque de sua tristeza, e percebe que o motivo já nem tem tanto motivo assim de ser.
Com este pensamento,ela começa a ver que a vida vale mais que qualquer tristeza que agente queria colocar em nossa vida.
Neste momento a vida lhe presenteia com mais uma oportunidade de vida e paz!
Ela fita o olhar no horizonte e vê uma linda cachoeira ,em um pequeno morro,com o olhar fixo, ela decide ir até lá, caminha por mais alguns longos passos e logo se aproxima, já sentindo o cheiro daquela água, sente também seu frescor, ela fecha os olhos e começa a sentir o clima de natureza dando lhe muita paz.
Passando pelos capins e tendo que afastar algumas pequenas galhas de mato para chegar ao seu objetivo, a cachoeira, ela pisa em algo estranho e quando olha, havia pisado em um sapo que assustado sai pulando, ela sorri e pensa em voz alta,coitado,ele esta aqui em paz,em seu habitat natural,sozinho e vem eu sabe se lá de onde perturbar sua paz e seu sossego, e completa a frase ,pedindo lhe desculpa. Só que envolvida com aquele ser vivente, ela esquece de olha a frente, e já chegou na beira da cachoeira, com o calor e a poeira que enfrentou naquela estrada ,sentiu uma grande necessidade de tomar um belo banho naquela límpidas águas, e entra debaixo daquela pequena queda de água com roupa e tudo, ainda bem, porque ela nem percebeu mas ali, a poucos passos, tinha um morador!
O qual ela só percebeu após sentir frio e sair debaixo da água, estava tremula, e pensou novamente em voz alta, ai eu precisava de algo para me aquecer, poderia ser algo para me embrulhar, uma flecha de sol, mas o bom mesmo seria um chá quente!  
Naquele momento ouve uma voz firme, que diz: Vamos tomar, acabei de fazer, ela quase caí de susto, como iria imaginar que encontraria alguém naquele lugar, olha para trás e vê um jovem alto, magro de cabelos pretos,grande e amarrados, e naquele momento percebe que tem uma linda casinha de madeiras roliças, com uma varanda e um fogão a lenha,cujo calorzinho era convidativo. Mas ela ainda muito assustada e tremula não se sabia mais se pelo frio ou pelo susto. Sem saber o dizer para aquele moço, só disse você me assustou, ele sorri e responde me desculpe, mas não vi outra maneira de falar com você e poder te ajudar a pelo menos aquecer e quem sabe te alimentar, deve estar com fome, afinal eu conheço bem esta longa estrada, foi como você que cheguei até aqui.
E também tive a sorte de ser recebido por um senhor que há muitos anos iguais, eu e você  aqui também chegou e foi recebido por uma jovem que lhe acolheu. Cris achou muito mistério, mas sem oura opção só lhe restava aceitar o chá e o acolhimento.
Conta se, que aquele casal vivem lá a muitos anos, e que hoje lá vive também muitos outros jovens, que como eles sofrem alguma decepção  na vida e que a tristeza ao invadir sua alma, e é direcionado para aquela estrada e que aquela linda flor encontra na beira da estrada, é também direcionado para aquela cachoeira e lá se junta com aquelas outras pessoas e lá seguem o circulo de suas vidas sem sair do lugar.
Vivendo no meio do nada, pois quem sai sem rumo, chega a lugar nenhum, e passa a viver sem destino e sem perspectiva, sem tristeza e sem motivos para buscar a alegria de viver, apenas se vive não se sabe se de mistério ou nos mistério daquele lugar.




























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